quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dúvida

Conhecemos então um modo novo de curiosidade: a dúvida.

Trata-se de uma vontade de saber do que se trata, que pode arruinar vidas.
A dúvida das mensagens indiretas, a dúvida do que as pessoas com as quais você não vai com a cara podem falar mal de você, a dúvida mesmo do que os seus melhores amigos pensam de você ou de si próprios, mesmo a dúvida do que sua alma gêmea pensa de você...

São criadas por inconsistências no curso tomado pelos fatos, em relação ao esperado. São alimentadas por frases ou outras ações desconexas, duvidosas, ou outras dúvidas. Podem ser torturantes. Terminam com alguma ação precipitada, talvez até desesperada do sujeito em dúvida, ou com sorte e paciência, se resolvendo em nada mais que um simples detalhe mal enxergado, ou algo parecido.

Imagine-se num caso de vida ou morte. A dúvida da morte pode ser amedrontadora, e a certeza da morte torturante, ambas são agravadas com o aumento do seu tempo de duração. Qual é a pior? A certeza te dá chance para usar seu sacrifício em prol de alguma coisa. A dúvida te dá esperança de um final feliz. Ou te rouba a ação através do medo, o que torna as coisas um pouco mais difíceis na maioria dos casos.

Sonhei hoje que estava em uma casa grande. Começava com minha família em o que parecia ser a garagem ou o depósito, e fugíamos de algo que parecia ser ameaçador, no qual se atravessássemos a porta e déssemos de cara com algum ser, daria merda pra gente.
Logo após, por algum motivo, já me encontrava fora do aposento, teria atravessado a porta e não teria ninguém me perseguindo, na verdade. "Me", eu digo, pois já não me encontrava mais com minha família, e sim com meus amigos. Estranho, pois ali estavam alguns amigos que eu não tenho contato quase algum, e faltavam outros que são quase unânimes na hora de sair com a galera.
Íamos pela casa, escura, de noite, apenas a luz fraca da cozinha acesa. Reconheci a casa como sendo a do meu alter ego maligno que se manifesta apenas em sonhos. Após isso, prosseguíamos em silêncio furtivo pela casa, sala era um breu, e, apesar de ainda estarmos fugindo, o clima era de sacanagem(menos comigo). Um pouco além, chegávamos numa bela piscina e uma mesa que mais parecia um stand de propaganda de um novo produto da nestlê, ou algo assim, com umas guloseimas na mesa, das quais não me recordo quais eram.
Uma senhorita estranha, com a aparência meio esverdeada(como se aumentasse o verde no photoshop) surgia nesse local, causando um leve espanto, o espanto da descoberta dos ladrõezinhos(por assim dizer, não sei do que fugíamos) e ela dizia palavras estranhas, mas que de certo modo fazia o espanto passar. Ela tentava nos convencer de alguma coisa, como uma propaganda mesmo, mas apesar de ter comida no papo dela, tava mais pra uma receita de feitiço do que uma propaganda da nestlê, de fato. Só lembro dela falar algo sobre sangue de feijão.(WTF?)
Depois um anjo me encontrava e por algum motivo que só o destino sabe me fazia lembrar de uma sensação estranha, que eu não tenho desde que eu era criança.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. "

Esse post foi editado pois saiu com um erro, então a hora do post é a hora do edit. Esse post é de quinta-feira.

Um comentário:

Lo Scienziato. disse...

"e, apesar de ainda estarmos fugindo, o clima era de sacanagem"
...hummmmm, isso me lembra um filme que eu vi, "Femeas em Fuga"

zueira, sonhos podem significar muito pra quem os sonho, tocar diretamente nas fraquezas de nossas mentes, mas a maioria soa idiota quando exposto. Sei como é isso