domingo, 9 de dezembro de 2007

Destino...

Vocês provavelmente não sabem, mas esse que vos digita é um cético do caralho, só não sou ateu porque não acredito que uma coisa tão bem construída como o universo tenha surgido do nada, sem explicação, tem de haver alguma força ou entidade por trás disso tudo, enfim, cético que sou nunca acreditei em destino, ou qualquer teoria relacionada a isso, sempre achei besteira a idéia de que “alguém” escolhe os passos da sua vida antes mesmo de você nascer, imagine como seria ridículo e sem graça você não poder construir ou trilhar seu próprio caminho, tocar a sua própria sinfonia, tomar suas próprias decisões, como se fossemos uma marionete ou um robô pré-programado para realizar tarefas específicas... Foi nesse ponto que eu fui contra na teoria dos outros integrantes desse blog (vide primeiro post do Ankhalimah) Mas agora eu começo a entender melhor o que eles tentaram me dizer... Apesar de não deixar de acreditar que temos o livre arbítrio para fazer o que desejarmos em nossa vida sem que isso afete negativamente nosso futuro, de fato existem coisas que são predestinadas a nós, elas simplesmente acontecem, sem explicações, cabe a você aproveitá-las ou não, a única coisa que se pode fazer é fugir de seu destino e isso vai da sua escolha, mas será que vale a pena fugir? Por tanto meus amigos, não deixem de aproveitar as chances que lhes são dadas, nada acontece por acaso mais de uma vez e se acontecer é porque “alguém” está tentando te dizer alguma coisa.
Às vezes eu me pergunto se estou fugindo do meu... Já tive 3 encontros COMPLETAMENTE inusitados (no ultimo até meu amigo ficou surpreso) com uma certa pessoa que tem tirado meu sono ultimamente, e justamente quando eu tomo a decisão de “finalizar”, algo sempre acontece que me impede de fazê-lo e logo em seguida encontro com essa pessoa do nada... Acho que “alguém” ta querendo me dizer pra insistir e lutar pelo o que eu quero e logo... Só espero que esse “alguém” não esteja querendo me ferrar xD

-Ao som de: Led Zeppelin – Since I’ve Been Loving You / Going to California - (não escuto Led já faz um bom tempo, mas algo me fez querer voltar a ouvir...)

sábado, 24 de novembro de 2007

Here comes a new challenger! And a challenge...

Boa noite a todos, primeiramente gostaria de me apresentar, meu pseudônimo nesse blog será “Lord of Metsu” (metsu vem do kanji 滅 que significa destruição), confesso que não sei mais o que postarei de fato nesse blog, no inicio planejei postar apenas coisas engraçadas e sem sentido com o intuito de destoar um pouco do assunto já abordado aqui e dar um clima mais descontraído ao local, porém a minha vida não se resume somente a isso, pelo menos até onde eu sei... depois de muito pensar, cheguei a conclusão de que devo simplesmente seguir o intuito original de um blog, que é transcrever o que você está passando ou sentindo no momento, sem regras, sem planejamento...resumindo, ta na hora de começar = )
É amanhã... Amanhã será o dia do teste que vai definir parte da minha vida, algo que vem me atormentando a alguns meses e tem tirado meu sono constantemente (como se isso fosse difícil...), cada vez que chega mais perto da hora, mais nervoso eu fico, entretanto é um nervosismo diferente, ao mesmo tempo que se eu tivesse a chance adiaria esse teste para que o realizasse com mais preparo, sinto que quero passar logo por isso e encarar as conseqüências dele, sejam elas boas ou ruins, de qualquer maneira, tenho certeza que elas serão boas para mim e servirão de base pra uma provável mudança que vai ocorrer em minha vida... é claro que meu desejo é que essa mudança ocorra apoiada num resultado positivo de meu teste, mas já estou preparado para o pior, sei que se não conseguir terei outras oportunidades e a chance de conseguir meu objetivo de uma outra maneira, porém não vou desistir do que eu quero, e o que eu quero vai estar na minha frente amanhã =)
Enfim, É amanhã... Me desejem sorte ;)
Ao som de: Mudvayne – Determined / Playlist infinita do meu iPod...
PS: Vocês realmente acham que eu estava falando do vestibular da UFRJ?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O Início

O destino está mais escrito que parece.
É sobre uma conversa que eu, Don Juan Aux Enfers, Lord of Metsu(encachaçado) e uma senhorita tivemos algum dia desses, me foge a data. Oceano's Bar. Foi produtivo, e resolvi sintetizar algumas idéias.

Esse assunto sobre destino, determinismo, coisas do gênero, surgiu da pequena observação empírica de que a pessoa escolhe sempre a melhor opção que pode em qualquer circunstância em que lhe é posta a escolha. Isto significa que a escolha dependeu apenas do acaso e da capacidade de análise e abstração da pessoa. A escolha não existe no conceito popular da palavra – as outras alternativas já haviam sido descartadas, quando elas vieram naquelas circunstâncias. Pois como a alternativa que seria escolhida seria a melhor, e dentro do mesmo contexto, ela sempre seria a melhor desta maneira. É claro que se deve levar em conta que cada pessoa tem prioridades de escolha diferentes. Mas ninguém escolheria algo pior quando se pode escolher algo melhor, ninguém escolhe se ferrar. A não ser que se ferrar seja o melhor, e novamente estamos no mesmo caminho.

Tomamos, para facilitar, um exemplo do dia-a-dia(o mesmo do qual falamos lá no dia): Suponha que um sujeito vá a um bar. O infeliz deverá voltar para casa dirigindo, portanto corre riscos se beber em excesso. E uma das “escolhas” que ele deve enfrentar no evento seria por exemplo o quê exatamente ele vai ou não beber no bar. Exemplos:


  1. Suco de Uva “Ma+s”


  2. Coca-cola


  3. Cerveja


  4. Cachaça
1. Suponha que ele tenha escolhido beber suco. Vai ver o cara é um natureba. Comparando com as outras alternativas, o suco é a mais saudável. É a melhor escolha considerando apenas “Saúde”. Pode ser que o sujeito não possa tomar nada além disso por doença, dieta, celulite. Então essa nesse caso seria a melhor escolha.
2. Coca-cola. Ele pode não gostar de suco. Se for jovem, natural é que ele não se preocupe com danos causados por refrigerante à saúde, afinal a vida é longa. Ou suco parece muito careta para ele, ou para os amigos na verdade, e há a pressão social. Essa escolha leva em conta aspectos diferentes da outra, como 'sabor', 'socialização', leva menos em conta o aspecto saúde. E nesse caso seria a melhor escolha.
3. Bem, o palhaço tem que dirigir, mas escolhe beber assim mesmo. Às vezes é uma latinha só, ou sei lá. Se está todo mundo bebendo cerveja, ou é simplesmente uma choppada, ficar de fora pode ser ruim. Pressão social novamente, ou quem sabe sabor da bebida.
4. Enfiar o pé na jaca(pode ser com cerveja mesmo). Eita, ele não devia dirigir? Que se dane saúde, responsabilidade e segurança, os quesitos “Diversão”, “Tirar onda”, “Fazer merda”, “Ficabebãoébão” vêm antes na escala de prioridades. Considerando esses quesitos apenas, realmente eles são uma escolha melhor que o suquinho, certo? Ou se o cara é um alcoólatra, ele escolhe alimentar seu vício em detrimento de fazer o que é certo. É o que ele acha ser a melhor escolha nesse caso.

Isso serve para exemplificar de uma maneira relativamente genérica o que eu quero dizer: a formulação da "escolha" não é nada além de processamento das sensações e comparação com dados armazenados na mente no momento da escolha. As sensações são a impressão que geramos da situação, tanto em termos de sentidos quanto de sentimentos.

É como disse o Merovíngio em Matrix – Escolhas? Você já as fez. Você está aqui para entender porquê as fez. 

Todos os seres optam sempre pelo que acham ser o melhor sob as circunstâncias da situação apresentada. Óbvio, ninguém vira e diz “Rá, vou me Ferrar só de sacanagem”. Se te dão a possibilidade de escolher entre uma nota de 100 reais e uma maleta com 10 milhões, sem quaisquer condições influentes, é claro que você vai na maleta.

Para "realizar" as escolhas, cada ser possui um paradigma mental para operar o que eu chamaria de um quadro de prioridades, que é formado pelas suas experiências e influenciado pela genética e pelos sentimentos(ou aquelas substâncias químicas que afetam nosso rendimento, se você preferir).

Existe grande importância da criação do sujeito nisso, é claro. Sob esse aspecto os pais são vetores responsáveis pelas ações que influenciam direta e indiretamente o quadro de prioridades do sujeito. Inúmeras são as situações onde os pais são obrigados a escolher entre punir e dar mais uma chance, “deixar mais um pouco o futebolzinho” como solicitado ou mandar “logo pro banho, porra” etc. Na verdade as primeiras experiências de aprendizado costumam ser desencadeada pelos pais.

Dizer que existe destino soa exagero, mas é inevitável. No fim até o escolhido acabou concordando com isso.

Então que porra é essa, estamos sendo testados? Pra ver se se estamos fazendo bom uso do dom que nos foi dado?

Uma observação é que, sob essa ótica, aparentemente estaríamos sendo guiados pelo meio e não teríamos liberdade. O que pode nos fazer pensar que não existe também a noção de responsabilidade e culpa, pois fato é que costumamos associar a liberdade à responsabilidade pelas nossas escolhas, o fato de poder arcar com elas, coisa e tal.

Isso se soluciona vendo a liberdade como algo mais estático, de caráter mais classificatório do que conectivo (dentre eventos). O grau de liberdade de um agente seria proporcional apenas ao grau de restrição da escolha, em determinado evento. Ter mais ou menos liberdade significa que as escolhas têm menos ou mais restrições apenas, o que garante o caráter natural da culpa e a noção básica de responsabilidade, eu creio, mesmo considerando a inevitabilidade das situações e o fato de que somos a soma de tudo que já nos aconteceu.