sábado, 26 de novembro de 2011

Seje burro

De onde viemos? Para onde vamos? Qual o final verdadeiro de "A Caverna do Dragão"? Poucas dessas questões realmente importam, tirando a terceira, é claro, mas fato é que a raça humana já está aí faz algum tempo, crescendo, destruindo, evoluindo e demonstrando de alguma maneira que sua existência é algo significativo, no entanto eu vos pergunto: Para que tanta importância se continuamos nos portando exatamente igual ao nossos ancestrais, movidos somente pelo instinto e pela necessidade?
Se vocês forem parar para pensar a grande maioria de nossas ações são motivadas únicas e exclusivamente por instinto, por mais que você ache um motivo racional para tal, tudo vai se resumir a instinto de sobrevivência e bem estar, não adianta matematizar, racionalizar, toda nossa evolução é basicamente material, no fundo continuamos a ser somente um bando de animais atrás de um "osso".
Tendo isso em vista, eu sugiro que sejamos ignorantes! Vivemos numa sociedade constituída por "gado" a procura do mesmo pasto, nascemos, vivemos e morremos sem um proposito, apenas "pastamos", todas as nossas ações são meramente fantasiosas, nossa existência é cinza e não há nada que vá mudar isso, por isso devemos pastar, não adiantar lutar, é melhor morrer ignorante do que morrer sozinho.
Seja ignorante, go with the flow, a vida é passageira e por mais que você lute no final será apenas mais um...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A bailarina

Desde pequena Svetlana só tinha conhecido uma paixão: dançar e sonhar em ser uma Gran Ballerina do Ballet Bolshoi. Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade. Os rapazes já haviam se resignado: o coração de Svetlana tinha lugar para somente uma paixão e tudo mais era sacrificado pelo dia em que se tornaria bailarina do Bolshoi.

Um dia, Svetlana teve sua grande chance. Conseguira uma audiência com Sergei Davidovitch, Ballet Master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a Companhia. Dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único compasso. Ao final, aproximou-se do Master e lhe perguntou:

"Então, o senhor acha que eu posso me tornar uma Gran Ballerina?" 

Na longa viagem de volta a sua aldeia, Svetlana, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele "Não" deixaria de reverberar em sua mente. Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha. Ou fazer seu alongamento em frente ao espelho. 

Dez anos mais tarde Svetlana, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e notou que o Sr. Davidovitch ainda era o Ballet Master. Após o concerto, aproximou-se do cavalheiro e lhe contou o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto doera, anos atrás, ouvir-lhe dizer que não seria capaz.

"Mas minha filha, eu digo isso a todas as aspirantes", respondeu o Sr. Davidovitch. "Como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu dediquei toda minha vida! Todos diziam que eu tinha o dom. Eu poderia ter sido uma Gran Ballerina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!" 

Havia solidariedade e compreensão na voz do Master, mas ele não hesitou ao responder: "Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se foi capaz de abandonar seu sonho pela opinião de outra pessoa."

O terno

Mahatma Gandhi só usava uma tanga, a fim de se identificar com as massas simples da Índia.

Certa vez, ele chegou assim vestido, numa festa dada pelo governador inglês. Os criados não o deixaram entrar.

Ele voltou para casa e enviou um pacote ao governador, por um mensageiro.
O governador ligou para a casa dele e perguntou-lhe o significado do embrulho.

Gandhi respondeu: 
"Fui convidado para a sua festa, mas não me permitiram entrar por causa da minha roupa. Se é a roupa que vale, eu lhe envio o meu terno."