terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Est sularus oth mithas

Nossa, o post de número 128 desse blog... 2 elevado à sétima.
Eis aqui, depois de 20 dias sem post algum, um post de memória ao que ainda não foi concretizado, eu diria, pelos ventos do futuro. Os mesmos ventos que movem o endurecer da alma, resfriam a vida, espalham o fogo da ira, empinam as pipas de crianças. A merda infinita que é o passar do tempo e o desprazer de tê-lo disperdiçado, e não ter esperança nenhuma de não continuar disperdiçando-o, e portanto nenhum estímulo para lutar contra isso, pois afinal todos somos mais um tijolo no muro, e os mesmos ventos vêm e espalham o cheiro.

Apesar disso, é interessante se colocar fora de tudo, inclusive da vida às vezes. O que é isso tudo, e todas aquelas questões óbvias, como porquê, como, como seria se não fosse, e porquê ninguém percebe. Ninguém percebe o quanto está imerso em introspecção psicológica até sair - o que do ponto de vista lógico é contraditório(tente "sair" se imergindo mais).

Às vezes são os mesmos ventos que espalham o cheiro da merda aqueles que nos fazem reconhecer um território inimigo. Aquela repetida história de que sempre tem uma vantagem e uma desvantagem, ou equilíbrio, ou como quiser chamar. É claro que há coisas que, como por exemplo o próprio existir (ou o início de tudo), não podem ter todas suas vantagens e desvantagens medidas e comparadas numa balança. Mas não é por isso que o homem pode deixar de fazer proposital o seu existir, do contrário não honra a massa encefálica que abriga na cabeça.

Cabeça-de-vento

Palavras ao vento...
Eu tanto lamento
Mas quanto mais eu tento, haha
Mais acelero o afastamento da pessoa em mim,
ou da alma em meu corpo,
Como o universo que se move para fora,
Para quem sabe um dia unir-se
A tudo aquilo de que um dia já fez parte
Então desisto, e deixo o vento agora
Arrebentar suas linhas, deixar o moinho torto
Pra quem sabe alguém vir que não precisa de conserto
Já é bela sem despir-se
de carregar o estandarte.

Um comentário:

Lo Scienziato. disse...

"Esqueça os sonhos, esqueça a dor, e seja o frio do seu calor." :)