domingo, 2 de fevereiro de 2014

Jardim dos Sonhos

Nesse natal de 2013, eu ganhei um livro sobre o Zohar, umas roupas, e uns perfumes. Nesse livro fala-se abertamente de um rabino que conversava na linguagem do coração com seus discípulos numa caverna.

Na noite do dia 24 para o dia 25 eu tive um sonho. Eu estava numa casa meio velha, acho que é no Rio de Janeiro, nalgum lugar como Madureira ou o Méier. Eu declaradamente não gosto da cidade do Rio, acho a vibe de qualquer lugar de lá que eu já fui sempre muito ruim, é sempre ou falsa ou ácida, agressiva. Egóica.

Essa casa parecia uma versão fudida da casa de um conhecido meu. Não tenho certeza se era, mas sei que estava tocando "down in a hole" do alice in chains (olha só isso huauhshuas). Eu tento voltar pra casa e me encontro num bairro no Rio que eu não sei qual é. Mas sei que é no Rio por causa da padronização zuada que tem lá, lugar mó estranho feioso. É a padronização da feiúra e do tanto faz arquitetural, uma farofa danada.

Não passa nenhum ônibus que eu conheço. Uma hora passa um táxi bem velho, meio caindo aos pedaços, eu hesito em pegar e acabo não conseguindo. Procuro ponto de ônibus e abordo transeuntes perguntando sobre como voltar pra Niterói. Uma senhora negra me ajuda, ela me dá 10 reais pra eu voltar pra casa (apesar de eu não precisar de isso tudo) e eu pego um bus pra São Gonçalo que supostamente pararia no terminal (e de lá eu pegaria outro pra casa).

Eu entro no ônibus sento, e durmo. E acordo de novo no lugar que eu estava antes.

Eu tentei me controlar e procurar outra saída sozinho. E fui pra outro lado diferente do que eu ia pra chegar no ponto de ônibus, fui andando na direção contrária de onde eu tava indo. E tinha um jardim que eu achava que era de um condomínio, mas nem tinha reparado nele ainda, distraído tentando voltar pra casa.

Eu ando na direção do jardim e tem 2 saidas: ou eu vou pelo túnel (tipo um túnel rebouças, escurão) e saio em outro bairro, ou, sei lá, eu tento ir pelo jardim pra dar em outro lugar. Eu vou pelo jardim.

E plin, eu de repente me dou conta de que "era ali que eu devia estar".

E o jardim é foda demais, de maneiras tais que eu não devo explicar ou tentar descrever, por que qualquer tentativa ficaria muito abaixo de suas qualidades devidas. Foi o sublime schopenhaueriano.

Tem uma música, tambem do alice in chains chamada "heaven beside you". O tesouro (o jardim dos sonhos) estava ali a todo momento e eu nem vi. E na verdade ninguém viu. Todo mundo passou por ele batido, seguindo suas vidas distraídos e desesperados e atrasados para algo "importante".

Depois que eu me liguei e vi, eu acordei.


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