sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobre as Barcas

Tô cansado de ouvir gente falando merda sobre as Barcas S.A.. Aliás, não sobre as Barcas (dane-se o S.A., tô digitando rápido, tenho prazo hoje, sexta feira de Carnaval), mas sobre a prestação do serviço, que é uma merda (e de fato o é) e blá blá blá. Por que eu tô cansado de ouvir? Porque, não sei porque cargas d'água, a única conclusão que esses pamonhas conseguem chegar é "ah, o serviço tá uma merda, vai aumentar o preço ainda por cima, vamos retomar a concessão". Cacete. Que burrice.
Por que isto é uma burrice? Olhe a sua volta. O Estado brasileiro mete o bedelho em tudo. No colégio, no hospital, na polícia... E, adivinha. Sim, é tudo uma merda. O Estado brasileiro simplesmente não consegue fornecer nenhum serviço com qualidade porque quer fornecer todos. A gente pegou todos os serviços e colocou na lista de essenciais, ao invés de só pegar os essenciais mesmo, tipo educação (o Estado formando a nata de seus cidadãos, comprometidos com valores republicanos) e a segurança (er... Você que tá lendo isso não é tão burro a ponto de não entender porque. Tá, se é, ficadica, o Estado só é o Estado porque tem o monopólio da violência).
Poderia me estender aqui comentando sobre a macroeconomia deste gigante socialista que chamamos Brasil, mas isso farei em um texto que escreverei daqui há alguns minutos, se a JUCERJA me deixar (sim, meu prazo é lá). A grande questão é como solucionar o problema das Barcas. Simples.
Concorrência. O grande problema das Barcas é que ela é monopólio de uma empresa gigante que tem um braço administrativo ineficiente para geri-la e cheia de rabos presos com a infame política carioca. Extinguindo o monopólio, a demanda continuaria sendo grande e, rapidamente, um Eike Batista da vida ía querer se meter pra tirar o dele do suor do povo niteroiense que vai trabalhar na grandiosa São Sebastião do Rio de Janeiro.
Nós estaríamos adotando aquele modelo americano que dá certo há séculos de privatizar o máximo possível para incentivar a concorrência, o que gera a baixa dos preços e o aumento da qualidade. Só falta nosso ricos quererem ficar mais ricos e deixarem de ser conchavados uns com os outros. Falta o Estado, ao contrário de possibilitar o monopólio, impedi-lo.
O Mercado tem que ser mantido saudável e ele é que nem uma pessoa. Você não mantém uma pessoa saudável tratando-a quando ela fica doente, mas prevenindo que ela fique doente. O que o Estado brasileiro faz, por causa de uma mentalidade estúpida criada por Vargas's da vida e nosso mártir Jango, e por causa de um medo de privatização gerado pelo seu teórico alinhamento com uma postura direitista e a associação da Direita com o Regime Militar e inflação ou qualquer bobagem (provando que basta pão e circo para manter o povo feliz), é dar o remédio. Distribuir dinheiro, uma postura cínica em relação a privatização, ou seja, faz cara de que é contra, mas faz pelas costas, contra o povo e não permitindo que o brasileiro se aproveite dela de verdade, porque seus tentáculos roubam cada centavo que colocamos no bolso, incentivando reformas pífias quando precisávamos de reformas profundas, enfim, essas merdas.
O que as Barcas precisam é de livre concorrência, pra que o brasileiro passe a tomar consciência de que quem manda não é o vendedor, mas o consumidor, e que, na verdade, é ele quem determina o preço e a qualidade do serviço prestado.
Foda-se o mundo, vou pra JUCERJA.

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