domingo, 3 de agosto de 2008

Wisemen / Joker and The Thief.

Todos se apressam para ver a queima de fogos. É dia de ano novo, e ninguem quer perder essa linda festa. A cidade está lotada, e o povo se abarrota na areia para assistir o espetáculo.
Virada de ano é talvez a unica data criada pelo homem que possui verdadeiro significado para Luciel. É tempo de mudar, de repensar suas atitudes, de ver o que vai e o que fica, de fazer promessas e expectativas.
A noite apenas começava, pois a grande atração era a casa de Henry. Todos reunidos, bebidas, diversão. Até que Henry decidiu levar Raica em casa, antes do amanhecer. O mundo nunca mais foi o mesmo depois do que vou lhes contar.
Na volta do percurso, Luciel e seus amigos encontraram dois profetas, que lhes passaram ensinamentos de importancia vital. Graças aos dois genios, os amigos finalmente descobriram o sentido da vida, a cura da AIDS, e maneiras praticas de atingir o zero absoluto, entre outras coisas não mais importantes. Mas o grupo só percebeu a grandiosidade desses inusitados individuos quando, na rua, Testa foi escolhido para ouvir dos céus a voz de um deles. Ao receber tão importante entidade em sua consciência, ficou marcada a frase que o profeta teve em resposta: "ALÔ?! PAULO RENATO?!?!?"
Eles mal sabiam, mas tornariam-se lendas num futuro bem próximo.

Passados alguns dias, os amigos partiram ansiosamente para a casa de praia de Henry, onde coisas inimaginaveis aconteciam constantemente. Garotos que saiam de caixas de papelão, princesas que jogavam poker, e indios desnudos na janela da sala...
Apesar do freak-show a que foram submetidos, todos tiveram o descanso que mereciam ao longo do ano, prontos para iniciar uma nova jornada.
Mas como sempre, nem tudo foi maravilhoso. Aparentemente das trevas, sem muita explicação, mas talvez sensatez, manifestam-se alguns pensamentos anti-Schneidistas. triste e inevitavel, já que se trata daquele fiel companheiro antes citado, que havia espalhado a alegria junto a todos.
Ao contrario do que estimavamos, Samael continuava desaparecendo estranhamente, mesmo longe de sua casa. O segredo dele era cada vez mais nebuloso. Quem é Samael, afinal?!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

I got a heart full of black!

Parece óbvio, clichê. Não sei. A vida está sempre a nos ensinar muitas coisas, e eu resolvi escrever um pouco sobre nosso coração.
Sim, o mesmo órgão que bombeia sangue para todo nosso corpo, de importância mais que vital. Será ele o responsável por nossos sentimentos? Eu, com minha noção idiota de biologia, acho que não tem nada a ver. Por que foi adotado o coração como o responsável por nossas fraquezas é algo que eu nao vou entender. Ignorar, talvez. Não quero discutir, só comentar, até pra evitar as aspas o tempo inteiro.
Tem gente que esquece que tem coração, tem gente que pensa mais com o coração do que com a cabeça. Todo mundo diz pra ouvir o coração, e voce fará a coisa certa. mas então por que ele sempre sabe que está certo? Será que ele é manipulado por entidades supremas, ou possui um chip da CIA? é uma possibilidade bem plausível, não acham...? Tá bom, um pouquinho de humor só pra distrair!
Eu venho me perguntando há algum tempo o que é estar apaixonado. Até pouco tempo eu achava que era um sentimento o qual não compartilhava há um bom tempo...

Intervenção:
- compreendendo o comportamento humano #1

Os Homo Sapiens Sapiens precisam ter alguém para amar, pois sem isso, a vida para eles não faz o menor sentido. Quando não amam um outro da espécie, dizem que seu coração está "vazio".

Chega, Lombarde... o que nos faz admirar outra pessoa, querer estar com ela e pensar nela o tempo todo é a carência. Você entrega a ela seu senso de ridiculo, sua liberdade, atribui a ela o sentido da vida. Mas isso só ocorre quando falta algo. Não é preciso achar alguém para amar, se você amar tudo aquilo que estiver em sua volta. Ao invés de amar um, ame o todo!
Assim, eu descobri que um coração "vazio", na verdade, só emprestou todo o amor que podia à vida. Independente do volume do coração, abençoados aqueles que são felizes.

Ouvindo: Deftones - Minerva

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ode ao Asqueroso

O medo de morrer é o que nos impede de viver
O terror de perder a vida cedo
E num segundo, sou escolhido a dedo
e pelo puxar de um gatilho eu cêdo.

O simples puxar de um gatilho
Destói o sonho de mulher e filho
Que agora sozinho, vai seguir seu trilho
Sem norte e sem rumo, apenas lembranças
Do que ficou pra trás na infância.

sentir a morte na espinha
A dor que é dele, é sua
é minha.

Crimes impunes se infestam por todo lugar
Não há o que fazer, só resta superar
já que chorar ou rezar não irá adiantar.

O fim do jovem poeta
vida tirada de maneira indiscreta
deixa pra trás o mundo e uma obra incompleta
Adeus, vida incerta.

Mens Sana

Mente sadia é mente útil, mente trabalhando, mente que possui conteúdo.
Consequência, força de vontade, e...

Só para avisar, a Supervisão de Qualidade será continuada numa hora oportuna.

Conhecimento vem de tudo, de tudo que se consiga aprender algo, se ter um pouco de experiência talvez, e durmir. Sim durmir converte aprendizado em conhecimento, passa da memória ram pro HD(o cortex) saca?
Foda-se o cérebro, como faz moço?

Ora, muita pretensão da minha parte ensinar a alguém como adquirir conhecimento, óbvio. O real intuito desse post é ajudar a quem não sabe usar a internet direito pra procurar coisas. Pricipalmente as relacionadas a conhecimento. Pra quê eu tô fazendo isso? Sei lá, tava afim. Fora o fato de que eu sempre(quando estou procurando algo, relacionadamente) acho sites que põem coisas para baixar, comentam aquilo, mostram programas de compartilhamento, dissecam suas propriedades de conexão, mas... Ninguém fala de como achar o que você quer(que no final das contas é o que importa). Vamos lá então, começando pelo mais óbvio:

É verdade que há o Google, mas é uma ferramenta muito ampla para certos tipos de pesquisa, as vezes vc quer um simples curso de photoshop em PDF e acha vários resultados irrelevantes, ou mostrando coisas simples e esparsas, ou até anúncio de venda de livros ou cursos de verdade, tipo SOS computadores. Além disso, pouca gente sabe usar as opções de busca dele. Se você quer procurar livros, use o 4shared.com, Livros em PDF. Se quer arquivos grandes, e relativamente conhecidos, use torrent. Se não achou em nenhum dos 2, use Emule. Etc...

Ora não há melhor maneira de aprender alguma coisa... Não, não quis dizer de livros, quis dizer de começar tentando. O mais óbvio, é claro, quando não se tem grana, é tentar catar um curso de graça. Pode ser uma difícil tarefa. Então vou dar diversos exemplos e explicar como eu faria pra procurar. E também, coisas interessantes de se procurar no quesito aprender, e como fazê-lo.

Línguas
Um curso de alguma língua é sempre algo interessante, desde realização própria(um cara que gosta de animes aprender japonês) a preenchimento de currículos(auto-explicativo). Recomendo a seguinte tentativa:
  1. Ensino totalmente teórico: Procure no Google por venda de livros da língua relacionada, e ache o nome do livro/gramática desejado. Digite o nome dele no 4shared, ou se for meio raro, tente o eMule também.
  2. Ensino rápido e mais aplicado: Procure no Google por um curso conhecido, que venda aulas de ÁUDIO na internet. Depois procure em torrent e baixe a 'discografia' do curso. Torrents são ótimos para compartilhar coletâneas de uma vez. Um exemplo desse uso é o curso "Pimsleur Approach". Procure no google por ele, e repare no precinho(tem diversas línguas). Depois vá no www.torrentz.com e delicie-se com a putaria que é o compartilhamento digital: Todos os cursos de graça, e podem ser baixados de uma só vez(desde alemão, francês até mandarim, vietnamita e hebraico)

Músicas
Na minha opinião é ótimo conhecer novas músicas, e minha namorada é o exemplo de pessoa que só estuda ouvindo música. Então nada mais plausível dedicar uma seção aqui.
Baixar música é simples. Você conheceu o artista e quer ouvir umas músicas pra saber como é ele, e depois se gostar pode baixar tudo o que encontrar dele. Pois bem: Vá no youtube se tiver uma conexão que preste, ou use algum cliente da rede fasttrack ou semelhante. Como Kazaa, Limewire, ou Ares.
Depois que você baixou algumas músicas e viu que o cara era bom e merecia ter um disco dele ouvido por seus belos ouvidos, pirata de internet, agora é hora de ir no www.torrentz.com ou semelhante e procurar álbuns dele completos, ou até a discografia toda. Se ele não for muito conhecido, tente o eMule. Por fim, se não achar nada dele, não perca as esperanças, digite "rapidshare xxx yyy" no google, onde xxx yyy é o nome do artista seguido do álbum. Ou então procure a comunidade do artista no Orkut, e veja se tem algum tópico como álbum no rapidshare, megaupload, por aí. Mas é difícil isso ser necessário, visto que eu baixei no emule o cd do Spin XXI, que é a banda do maluco que gravou uma demo minha num estúdio meio tosco numa casinha aqui de Icaraí. Puta merda.
Ah sim, não poderia deixar de dizer aqui uma coisa muito importante, talvez mais importante até do que saber como baixar, é saber como catar artistas novos. Tem 3 maneiras legais de se fazer isso.
  1. Orkut: SIM! Se você gosta, por exemplo, de metal progressivo, que nem eu, pode ir numa comunidade de metal progressivo e procurar um tópico a respeito de Lista de Bandas. Se não achar nenhum, saia fuçando profiles de membros, e existe uma grande chance de você encontrar uma lista de bandas relacionadas no "música" do profile do sujeito. E assim, você pode até achar comunidades de bandas indepentendes e iniciantes, dos mesmos caras, por exemplo. Na comunidade dessas bandas sempre é divulgado um materialzinho, Myspace, etc... Daí você amplia sua biblioteca de álbuns metal prog.
  2. Last.fm, Pandora, Liveplasma e similares.
  3. Procure no google sites que relacionam bandas conhecidas(por exemplo digitando "similar bands") ou sites/blogs a respeito de "nova banda de metal progressivo", por exemplo. Fóruns costumam ser muito bons também(http://www.globalrock.net/ por exemplo). Ou então digite no Google 2 nomes de bandas seguidos, tipo "kamelot dragonforce".

Livros Didáticos
Dado que muita gente no mundo todo usa emule, é plausível que boa parte dos livros lá encontrados sejam em outras línguas, mas pode-se achar muitas coisas interessantes lá, em português também. Mas no 4shared, é bem mais fácil achar livros em português. A razão mais óbvia pra isso é que os users escolhem o 4shared para compartilhar seus livros de baixo número de downloads, pois o eMule e qualquer compartilhador dependem de alguém estar online e disponibilizando o tal livro para você baixar, isso sem contar com a velocidade que o sujeito disponibiliza. O 4shared não varia a velocidade, ele é estável, sempre vai estar lá.
Adcionando, o tal 4shared não é tosco como muito site de hospedeiro de arquivos como tem por aí. Ele tem a opção de criar uma conta e uma pasta pessoal, onde você pode compartilhar suas coisas com quem quiser. Isso facilita muito as coisas pra quem é fuçador e curioso, pois se você acha um livro interessante, pode dar uma olhada na pasta do maluco que shareou o livro, e achar uns relacionados maneiros.
Olha uns exemplos aí:
  • Livrinhos de magia: http://www.4shared.com/dir/6242625/2b5d3a46/Witchy_Ebooks.html
  • Mema merda de cima: http://www.4shared.com/dir/2328903/24ba58be/sharing.html
  • Coisas de trabalho e dívidas: http://www.4shared.com/dir/2782644/6b72f5f7/TrabalhoDividase_auto_ajuda.html
  • Farofa: http://www.4shared.com/dir/3206844/28449e6c/ebooks.html
  • Engenharia: http://www.4shared.com/dir/3587869/f10a9c4f/sharing.html
  • Anarcocriminalidade: http://www.4shared.com/dir/5507036/41715ad8/sharing.html
  • Sobrevivência: http://www.4shared.com/dir/6566168/dc6861f5/Survival.html
  • Ime, Ita, concursos: http://www.4shared.com/dir/7582890/ccdfec05/sharing.html
  • Música(aprender) etc. http://www.4shared.com/dir/1283735/8b6fd5da/sharing.html
Chega, né. Mas tem é coisa pra se baixar. Recomendo, por fim, algumas coisas.
  1. Não seja mané e baixe pelo mais rápido. Com um pouco de fluência você vai saber qual, mas considere quantidade de partes para baixar, disponibilidade e tamanho. Procure saber quais as limitações do emule, dos clientes de torrent(eu uso o utorrent, btw). Mais de 100mb não entra no 4shared.
  2. Seja curioso e paciente. Vai fuxicando tudo que é coisa, às vezes você acha onde menos espera.
  3. O Wikipeida( http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal) também é uma boa fonte de pesquisa, mas não é nada tão excelente, dependendo do assunto. Ele costuma ser, apesar disso, uma ótima introdução a assuntos mais complexos, pois geralmente a cara dos artigos de lá é amigável a noobs. Artigos de história costumam ser muito bons(pelo menos pra mim, que adora resumo dessas coisas, pode ser um porre perder tempo lendo livros grossos de história com citações fantasticamente inúteis).
  4. Sei que é muito difícil para alguns ler no computador, mas tem algumas opções. Estudos mostram que monitores de lcd causam danos menores à vista que os de tubo, por causa da luminosidade e do contraste, umas porras assim. Enfim na pior das hipóteses, compre uma impressora daquelas que tem a cabeça no cartucho, daí você pode recarregar barato e praticamente infinitas vezes. Ou então compra uma laser logo mesmo. Tem nego vendendo recarregador de toner por aí bem barato(sim, você recarrega seu toner) e imprime logo o que quiser...
  5. Ah sim, claro... Pratique. Não, PRATIQUE PORRA. Não adianta nada ler livros ensinando música, ensinando a seduzir garotinhas, fundamentos da física, russo intermediário ou tutoriais de como baixar coisas escrotas na internet sem pôr a mão na massa. Também nem tem porque não fazer, deixa de preguiça. São coisas que não custa nada tentar. Bem, tenho que explicar claro, russo intermediário tu só pratica usando Skype ou algo assim, não com sua vó na cozinha fazendo feijão. A não ser que ela seja russa.
  6. Se você se viciar em ficar baixando coisas mas perder tanto tempo que não consegue ler porra nenhuma, bem, chegou no meu nível há um tempo atrás. É hora de separar o que é útil do que não é, bem, pelo menos, digamos, separar o que você realmente deseja aprender do que não deseja. Liste tudo em ordem... depois faça de conta que agora você é viciado em ler, e saia na mão. Não tem muito o que falar, o resto é força de vontade.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

#include

int main (ansiedade)
{
int c, i;
for
{
puts("evoluir a lumino, empezar a estandarte, investir em mulheres, saber se passei em prog, saber como meu primo foi na UERJ, compor musicas, zerar FFV, nao envergonhar minha familia, estudar, auto-escola, academia, voltar a estudar harmonia, escrever esse post de merda");
}
while(c!=0)
printf("\n\n ANITA, VAI TOMAR NO CU!\n\n");
system("PAUSE")
}

O Convívio (Here Comes New Challengers)

A primeira impressão é a que fica. Será que isso é verdade?

O Duque era muito querido pelas pessoas de Istambul. Era respeitado (de certa forma, até demais). A forma como o colocavam sobre um altar incomodava Luciel. Incomodava também por que ele sabia que isso não acontecia à toa, mas ele só não entendia o porquê.

Com o passar do tempo, Luciel começou a entender que apesar do título de Duque, Henry era tão divertido quanto os outros. Entendeu isso, estranhamente, mais cedo que o resto de Istambul (muitos ainda preferem vê-lo como um deus ou algo parecido, mas isso varia da limitação de cada um). Assim, os 4 amigos viraram 5. E o “grupo” foi crescendo, crescendo... E cada vez contando com mais estranhos seres.

Testa – O Louco. Era tão inquieto que não sabia a hora de parar, mas apesar de tudo, uma pessoa prestativa, que mesmo sempre estando em conflito pessoal, mostrava alegria quando em meio aos outros.

Lice – O Sábio Pajé. Sua sabedoria era baseada em falar pouco, e quando tinha certeza do que falava. Possuía as atitudes mais invejáveis entre todos.

Leo – O Mediador. Possuía o dom da palavra (às vezes, cicatrizante, muitas vezes, lesiva). Fora seu poder de persuasão, pouco se sabe sobre ele.

Naj – O Cômico. Comédia nonsense e encher a cara era tudo em sua vida. Escondia um grande intelecto.

Burba – O Feliz. Melhor amigo de Naj, se pareciam muito, a não ser pelo seu carisma exageradamente contagiante.

Toru – O Incompreendido. Auto-explicativo, até se aplicado a ele mesmo.

O convívio traz novas descobertas. A principal delas talvez seja o fato de que ninguém é perfeito. Samael vivia sumindo, sem deixar explicações. Schneider tinha um modo de raciocinar bem surreal e individualista. Kenji desenvolveu algo parecido com narcolepsia seguida de depressão. Todos os outros, incluindo Luciel, possuíam inúmeros defeitos, isso é um fato. Supera-los não é nada fácil, ignora-los pode ser uma saída, mas às vezes, qualquer contorno é algo impossível. Eis o decreto de um posterior abalo total no grupo. Só o tempo dirá o que pode acontecer...

Hedonismo (A Vida por um dia)

Sábado à tarde. A festa se aproximava, e Luciel, ansioso, se arrumara, ensaiava com o espelho suas possíveis investidas em alguma dama (era quase certo que tivesse muitas, e a maioria muito bonitas). Agarra a pedra que brilha mais forte.

Estamos agora em um lugar novo, cheio de gente desconhecida e uma música que se ouvia de quarteirões. Os três amigos chegam na festa, e enquanto Samael e Schneider falam com seus conhecidos, Luciel para em um canto. Ali ele admira tudo: as pessoas dançando, o ambiente, os rostos anônimos da multidão. Será que ali era realmente onde ele queria estar? Mas ninguém o conhece, assim ele continua sozinho, dessa vez no meio da multidão.

Diversão é solução sim. Diversão é solução pra mim. Vodka, Ice, cerveja, cigarros... talvez tenha sido o caminho que Luciel optou para desviar novamente de seu destino sórdido, de escuridão. Vácuo. Os sentidos rapidamente começam a falhar, se misturam, se atrapalham. E foi quando o rapaz achou que a festa iria terminar como havia começado, que apareceu uma jovem, e com cativante gesto, porém frustrado, tentou animar Luciel, apresentando-lhe alguns dos convidados. Ela se chamava Raica. Apesar de não ser a mais bela das damas ali presentes, possuía uma aura muito pura e intrigante, que rapidamente encantou o rapaz. Mas Luciel resolveu andar mais, e observar mais.

Eis que surge a primeira donzela de Istambul. Ela tinha estatura baixa, e um sorriso muito belo. Quando perceberam, os dois já estavam conversando, e após algum tempo, tocando-se, beijando-se. Mal sabia Luciel que a primeira donzela pertenceria futuramente ao seu amigo Schneider, assim como muitas outras donzelas e princesas da região.

A musica, o álcool, as mulheres, a diversão! Tudo aquilo encheu rapidamente a alma de Luciel, como se transformasse vácuo em matéria. (é pra isso que viemos? Por que temos sempre de ser só o vácuo? Você é como eu? Quem é você?).

Andando sozinho novamente, Luciel, já bem alterado pelo consumo de álcool, sabia que não podia sair daquele evento sem falar de novo com Raica. Schneider, já percebendo a situação, foi obrigado a intervir. “Nem pense nisso! Esta dama pertence ao Duque Henry!”

Luciel teria provocado a ira do Duque. Agora temos dois lados. Seus olhares mais pareciam rifles a ponto de disparar, e ao sair da festa, já carregado por seus dois companheiros, Luciel, em um ato inconsciente, foca todo seu desencanto em um gesto de indignação. Seria esse o seu rival em Istambul?

Luciel acorda no dia seguinte, com as marcantes palavras na cabeça: “Diversão é solução sim. Diversão é solução pra mim!”

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Proudness, Haste, Madness

Se a pressa é a inimiga da perfeição, sem dúvida o orgulho é um dos maiores inimigos do...

"Pára de tentar gravar essa porra, webcam!" - Realmente, perdia meu tempo, mas continuei tranquilo tentando. Foi quando me disseram "Falta emoção", que eu vi a verdade. E isso me deixou irritado, confundi o real motivo da irritação de início. Afinal eu sei o que eu to fazendo muito bem, e como eu tenho de fazer, ora bolas, que desaforo alguém vir me falar isso. Mas eu estava me enganando... Eu sei bem, sim, e no fundo sabia que não ia dar certo. Não é pelo microfone não, talvez pela falta de treino... E com muitas tentativas eu poderia talvez gravar uma vez sortuda e sair excepcionalmente bem...

Não é pela falta de treino não.

Me mostrou a verdade: não ia dar certo, porque não tem emoção, e não tem emoção por 2 motivos. Um é o tema do meu próximo post nesse blog. E o outro, é porque cantar é algo expressivo demais para mim, de maneira que fazê-lo expelindo verdadeiros amontoados de merda seria uma ignomínia impensada e auto-flagelo mental. Até anti-ético, quer dizer, pega mal. Não digo que são todas elas, mas essa é. E todas as outras tem alguma merda que fode com tudo. Ainda bem que não tenho que encarar uma reflexão que nem essa... No vosso lugar estaria deprimido só de tê-lo de fazer. Apesar disso, pude descobrir que o som sem dentes e língua sai muito melhor sozinho. Livre.

O futuro é bom, é só abrir os olhos. Que saem muito melhor, até com bocas, 1 3 4 5 9 10 11, e 12 Vision Divine. Totalmente ajustes, obviamente excluídas as sem salvação... Somando às novas, surge a luz da verdade, e não um mero adjetivo. Quem sabe até outro futuro venha, mundialmente simétrico às porradas que a língua dá no dente, ou não dá... Só depende da sorte, do destino. E eu terei paciência dessa vez.

"A linda e ondulante lua na superfície da água
suavemente refletindo na pele cansada de nadar..."

um adjetivo.

Ao som de: Elenion, Silent Force, L'arc~en~ciel...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Espelho, espelho meu...

Dream Evil - The Mirror (adequadamente farofa)

Mirror, mirror on the wall
I'm on my way to loose control

You blind me with your beauty
The reflections makes me high

Will my spirit for ever die
If i break the reflected eye

This magic that you show me
make me look forever young
immortalized on the outside
but rotten deep inside

Mirror, mirror.... Look at me
Mirror, mirror
Who is that man, that staring back at me

Precious, precious save my soul
My skin looks hot though my heart is cold

I want to live my life in silence
I want to live my life in peace

Who is that man, that looks back at me

Mirror, mirror... Look at me
Mirror, mirror... Set me free
Mirror, mirror... Look at me
Mirror, mirror...
Tell me who's that man, that staring back at me




quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fiéis Companheiros (O Conquistador e o Samurai)

O acontecido ao tempo foi tornando-se rotina. Luciel talvez nunca teria conhecido pessoas tão interessantes, e ao mesmo tempo tão incomuns e estranhas. Os quatro logo se aproximaram de forma surpreendente, como se houvesse uma reação química entre suas mentes. Seria inevitável que se tornassem grandes amigos. De onde saíram pessoas tão carismáticas e agradáveis?

Istambul é um lugar repleto de mulheres bonitas, talvez mais do que qualquer outro que se tenha notícia. Em um lugar assim os jovens têm estímulos a mais para sair de suas casas, passearem, conhecer gente nova e encher os olhos de tantas belezas naturais. Assim, os quatro jovens, quase que como cavaleiros, juntos em combate, tornaram essa união cada vez mais forte. Nunca saíam sozinhos, pois um tinha ao outro, sempre prontos para ajudarem-se quando necessário.

Cada um deles tinha características muito peculiares, mas ambos tinham um forte apreço pela música, fato que unia ainda mais todos eles.

Kenji era um rapaz quieto, sempre sóbrio, mas que adorava levar as coisas para um lado descontraído, com seus trocadilhos e gírias incomuns para a época. Muito estudioso e portador de grande ciência, sempre surpreendia a todos com suas teorias e seu código de ética. Um honorável samurai.

Schneider, um dos sujeitos mais agradáveis da face da Terra. Possuidor do dom da conquista, desenvolvia técnicas infalíveis para se aproximar das lindas damas de Istambul. Estava sempre sorrindo e espalhava a alegria e felicidade para todos aqueles que o rodeavam. Impossível alguém não gostar de uma pessoa como ele.

O tempo havia se passado, e Luciel continuava a usar o poder da pedra. Ele precisava ver essas pessoas. Ora, que graça teria ficar em Isla sem nada ver, enquanto pessoas tão agradáveis o aguardavam do outro lado? Luciel sabia que em Istambul, sempre haveria dois fiéis companheiros o esperando para mais uma jornada. E assim, estranhos tornaram-se muito mais que companheiros, mas irmãos de alma. Até que Samael e Schneider chamaram Luciel para ir à uma festa, na casa de uma de suas amigas. Este fato vai mudar pra sempre o curso dessa estória.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Saudade

Saudade do que já foi, do que está indo, e do que nunca vai voltar.

Saudade do que vai.
Daquele que cruza o oceano até o outro lado do mundo.
Daquele irmão que agora está prestes a me dar um sobrinho.
Daquele humor infinito, que está tendo seu lugar tomado pelas preocupações de um adulto, pouco a pouco.
Daquela capacidade incrível de regeneração.
Saudade do que já foi.
Daquelas dias de sol nos clubes.
Daquela ansiedade que dava na véspera de natal, com a vontade de abrir o presente.
Daquelas músicas de traduções escalafobéticas de abertura dos seriados japoneses.
Daquelas festas onde tudo podia acontecer e o entusiasmo não acabava.
Daquelas tardes e noites regadas a rpg e pizza.
Daquelas noites onde o violão prendia atenção e induzia ao transe por uns momentos.
Daquele sinal em lá maior anunciando a hora do truco.
Da humildade.
Saudade do que nunca vai voltar.
Do que não pude fazer, mas sei que se tivesse feito teria sido foda.
A pior de todas: da incerteza do futuro, sem igual, no qual se podia depositar esperança.
Saudade de não ter tanta saudade.
Saudade de ser criança.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Chamada Perdida.

O Mundo de Illuvatar encontra-se mais decadente do que nunca. Em meio a tantas discussões, eis que em meu universo particular, redescubro novamente a dor da perda.
Toda relação é feita de altos e baixos. Nos conhecemos ha algum tempo. Você não era provida de tanta beleza, e eu, um inexperiente. Não nos dávamos muito bem. Eu nunca pedi esse tipo de companhia (acabei sendo obrigado, na verdade), demorei para te aceitar. Sempre muito complicada, retrógrada, devería me ajudar, mas só me atrasava. Demorei um bom tempo, mas acabei aprendendo a lidar com você, descobri novos meios para chegar onde queria. Fomos amigos.
Relações são assim: seu parceiro nunca vai ser perfeito, assim como você, que deve se esforçar para aceitar seus defeitos e diferenças. Seu parceiro pode ser cabeça-dura, obsoleto, um ogro, aparentemente inútil a primeira vista. Mas lembre-se, nas horas difíceis é com ele que você poderá contar. E lá ele estará, de braços abertos.
E eu jamais esquecerei. De nossas Dificuldades. Do seu visual, "anos 90" demais pra mim. De nossas superações. Da maneira que um modificou o outro. Da sua voz estridente de mulher chata me acordando toda manhã, que mesmo sendo chata se preocupava com meus horários. De como nos conhecemos (apenas).
Agora, grande amiga, é hora de dizer adeus. Mas onde quer que esteja, saiba que descobri uma coisa: as máquinas não só podem dançar, como também significar muito para alguém.

Algumas amizades são assim, seu fim é imposto pela ordem natural das coisas, motivos de força maior. Irreversível. Outras, precisam de um pouco mais de compreensão, pois amizades nunca terminam, apenas renovam-se. Que seja dado tempo ao tempo, e à nossa sabedoria, por mais estúpida que seja.


Ouvindo: Temple Of The Dog - Say Hello 2 Heaven

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sopa de Cerveja

Ingredientes:

aipo: 1
alho: 2 dentes
cebola: 2
cenoura: 2
cerveja: 1 litro
farinha: 2 colheres de sopa
manteiga: 50 gr
pimenta: a gosto
sal: a gosto

Preparação:
Pele as cebolas, raspe as cenouras, limpe o aipo e pique tudo. Aqueça a manteiga numa panela, junte os legumes e deixe refogar. Polvilhe com farinha e deixe dourar, mexendo continuamente. Acrescente o alho e a cerveja, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar em lume brando durante cerca de 1 hora. Está pronta!

Rendimento: 4 pessoas, 1h 15min de preparo.

O.T.I.Z

Benkyoo, benkyoo, benkyo!

Aprendi umas coisas esses últimos tempos com a mente mais livre. Dizem que a cabeça só funciona relaxada, e o aprendizado passa a ser conhecimento durante o processo de sono. Parece até que pode ser que você tenha tido uma aula há uma ou duas semanas atrás e só venha a aprender de fato revisando amanhã.
Cada aprendizado daí se refere a algumas pessoas do meu círculo, e não só a uma.

Aprendi Que é errado trair os amigos mais próximos, só para seguir um bando de idiotas. Mesmo que estes idiotas sejam seus próprios amigos mais próximos.

Aprendi que quando dá tudo certo em uma amizade, quando alguém nunca erra com você... Deve-se assumir que a pessoa considera você de verdade, e zela pela sua amizade. Isso nunca deveria ser motivo pra se desconfiar da pessoa estar planejando contra você, por estar "certinho demais".

Aprendi que quando você entra para fazer uma sacanagem com alguém, sem ter um motivo real para si, isto é, acreditando nos motivos de outros, você é quem vai sair o mais ferrado provavelmente. E que se essa pessoa for no final das contas o seu amigo de verdade, você vai se arrepender pra sempre.

Aprendi a não ter mais tantas esperanças nos outros. Ainda estou aprendendo.

Aprendi que é errando que se confirma o aprendizado(e não que se aprende)... porque o bom-senso nos diz o que certo na verdade... podemos errar se não possuirmos ele ou se contra ele teimarmos.

Aprendi o tempo é injusto com quem não o usa direito... Ele pode curar ou ferir mortalmente. E que aprender a usar o tempo corretamente é difícil, mas extremamente necessário.

Aprendi que uma das melhores coisas a se fazer a fim de escapar da depressão é dar um tempo para si mesmo, e parar pra produzir uma coisa qualquer, boba ou profunda. Desde que seja sua. Tem coisas que não podem ser desabafadas com palavras simplesmente, às vezes. Ervaring-X.

Aprendi que falar coisas da boca pra fora, ou falar coisas sem explicá-las pra qualquer imbecil entender, não pode no blog. Tá, mas quem não viaja as vezes?

Aprendi que a mente pode te anestesiar quando você precisa... O problema é que ela pode compensar isso de formas horríveis.

Aprendi que é errado conceder a uma pessoa só o motivo de sua existência e transformá-la em uma Deusa, visto que somos todos iguais.

Aprendi que há razões mais fortes que a vida para suportar certas coisas, e que poucas pessoas vão sequer chegar a conhecê-las.

Aprendi que há coisas que não se devem questionar, pois não podem ser provados... Como a existência de deus, o sentido da vida, se existe destino ou não, cada pessoa toma pra si qual explicação que melhor lhe convém e respeita as diferentes idéias das outras.

Aprendi que quando se joga uma pedra no joelho de alguém, não se deve dizer "oh, não doeu tanto assim!", pois não é o seu joelho.

Aprendi que as pessoas mudam, e estranhamente isso se relaciona com a lei da física do ponto de referência: pra quem está de dentro do trem, quem anda é a terra.

Aprendi que dar valor a si mesmo é importante, portanto ter uma teoria meio falha mas autêntica é melhor que ter uma teoria falha que qualquer um tem.

Aprendi que as pessoas frequentemente colocam causas como se fossem consequências.

Aprendi que é incrível como as pessoas podem se satisfazer com explicações impensadas e até fúteis para várias coisas.

Aprendi que existem pessoas que não possuem ocupações interessantes(mas nem por isso menos importantes), e acabam tomando pra si preocupações que fazem respeito a outros.

Aprendi que existem pessoas que freqüentemente cometem babaquices para poder chamar atenção.

Aprendi que pessoas podem ter rostos feitos de madeira, mentirosos podem lhe chamá-lo de mentiroso, e invejosos podem te chamar de invejoso, etc. E no final, acaba que ninguém decide quem é o réu da história... Tem de haver um acerto de contas pessoal...

Enfim... Aprendi que as pessoas freqüentemente falam do que não sabem. Bem, isso eu já aprendi faz tempo na verdade.

Aprendi que algumas pessoas temos de ter paciência, e outras já não vale apena.

Aprendi que não se pode ser o único a se esforçar, do contrário o esforço é em vão.

Apesar disso, temos que nos esforçar assim mesmo, do contrário a culpa pode sobrar pra você também.

Aprendi que quando você não prova algo que diz a alguém, e entra em depressão, a pessoa pode ligar uma coisa à outra bizarramente, e querer sair dizendo Que na verdade ele não sabe nem metade do que se arroga saber e que esse é o motivo de sua depressão. Mesmo a pessoa já não sendo seu amigo mais próximo, você não tendo obrigação nem paciência pra provar nada, e essa pessoa não sendo seu psicólogo nem seu colega de Big Brother Brasil.

Aprendi que pessoas podem vir querendo lhe dizer que você se esconde atrás de idéias para não mostrar sua verdadeira face. Apesar disso essas pessoas podem se esconder atrás até de personagens.

Aprendi que anos de convivência podem lhe impedir de ver a verdadeira face de algumas pessoas, por incrível que pareça. E que às vezes você pode enxergá-la numa hora qualquer, e perceber que sua amizade com ela não tem mais graça, que você poderia encontrar uma pessoa dessa na rua um dia desses e se viesse a conhecê-la, nunca seria amigo dela.

As pessoas mudam, e se uma vez elas se tornam diferentes demais para conviver a uma distância próxima da que havia antes, é melhor se afastar. Chega uma hora que depois de tantos desaforos e respostas mal-criadas, decepções, que você só consigue enxergar os defeitos da sua amizade, os defeitos da outra pessoa... E aí é que começa a faltar respeito, a compreensão já é memória remota e... e quando isso acontece... Talvez quem saiba uns tempos depois você possa reencontrar a pessoa num bar e conversar como se fosse um conhecido de muito tempo atrás, tempo o suficiente pra esquecer as mágoas e tudo aquilo que não presta que foi feito.


Espero que sonhe com os anjos e reflita também.


Ao som de "Heavenly - Vivid colors", "Opeth - Isolation Years", "Angra - Late Redemption", "Alter Bridge - Open Your Eyes".

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Impecável.

A pétala mais delicada de uma linda flor

A luz do Sol, de manhã, aquecendo meu rosto

Traz-me alegria, traz-me vida.

Seu sorriso discreto e sincero

Muda a cor de minha alma

Traz-me paz, traz-me esperança.

Seu olhar de mista inocência e sabedoria

Loucura de enxergar-me em outro corpo

e ver em nós dois um só

Ilusão em que me perco.

Não posso mais viver sem me arriscar

Saber que perdi a mim mesmo.

Reocupar minha mente será em vão

Meus pensamentos já não podem mais me obedecer

Pois quando penso em alguém, é facil de se prever

Que eu estou certamente pensando em você.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

The Other Life: A Vida Tendência.

Pensando em quantas pessoas têm se interessado ultimamente sobre o universo Alternativo e seus componentes, desenvolvi um mini-tutorial para que vocês possam tentar ser alternativos um dia.

  • Evite coisas radiofônicas, opte por artistas islandeses, romenos ou búlgaros. De preferência ainda desconhecidos.
  • A coisa mais próxima da música brasileira que um alternativo pode ouvir é U.D.R.
  • Adidas é coisa do passado. A moda alternativa agora é Puma (moda alternativa... como assim?).
  • All Star, nem pensar.
  • Alternativos nunca andam de ônibus, apenas de van: o transporte mais alternativo de todos. Dê preferência às Kombi.
  • Se sua cidade não possuir um sistema de transporte alternativo, compre um Mini Cooper. Se não tiver dinheiro para tal, ande a pé.
  • O alternativo que se interessa por informática só usa aparatos da Apple.
  • Tiopês é indie demais para ser falado por um alternativo. Nunca tente isso.
  • Indie não passa de um emo descolado que nunca vai ser Alternativo.
  • Alternativos não perdem tempo vendo TV ou escrevendo em blogs.
  • Compre vinil. CDs e DVDs são muito mainstream.
  • Filmes hollywoodianos são um meio banal de arrecadar fundos para empresas capitalistas, usando efeitos especiais idiotas e um storyline infantilóide. Passe a ver filmes do Almodóvar, ou qualquer diretor europeu que não seja muito famoso.
  • Coldplay é pop, entenda isso de uma vez por todas.
  • Alternativos nunca botam mais de 6 fotos no Orkut. Também evita-se ter mais de 32 comunidades e 128 amigos.
  • Nunca diga que se é alternativo, por que se dizer alternativo é mainstreamizar o underground!
  • Reúna-se com seus amigos em lugares decadentes para fumar cigarro e falar da política estrangeira, maconha e política nacional é muito moda...e as vezes muito reggae também!
  • Comprar calças 5 vezes menor o seu tamanho e camisas coladinhas é inadmissível, ou seja, jogue suas roupas de indie/emuxo fora, e use coisas do seu pai gordo e feio, por que largo = ghetto e ghetto é muito last week, logo, é super tendência alterna!
  • Compre uma fazenda no sul dos EUA, e vire fan de E o Vento Levou. Ter uma cobra e ver Laranja mecânica é coisa de bicha sem estilo.
  • Falar inglês é se auto intitular indie-emo-fromUK-homossexual-mainstream! Você fala Tupi a partir de agora! (Qualquer duvida, fale com Kdalho!)
  • Você reclama das cidades do interior, por serem copias mal feitas das cidades grandes, e reclama das cidades grandes por serem chatas e paradonas, diferentemente das capitais estrangeiras, e essas são ruins por serem longe.
  • Lembrem-se, alternativos são descolados demais para sair lendo qualquer tutorial da internet.

Espero que eu tenha os ajudado! Sayonara!

Ps.: Caso surjam dúvidas, não me envie e-mails. Não é nem um pouco alternativo perder tempo lendo cartinhas virtuais.


Ouvindo: Sigur Rós - Viðrar Vel Til Loftárása

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Stranger.

Construir uma armadura para o mundo, durante 20 anos. Será que vale a pena, se o mundo pode quebra-la a qualquer hora com seu martelo gigante? Quanto mais forte, o ser humano percebe o quanto é vulnerável. Desde pequeno, ouço que para ser "alguém" na vida, devemos possuir um diferencial. "Se todos forem cinza, você TEM de ser azul." Apesar de não ter sido criado dessa maneira, hoje em dia eu consigo perceber o quanto eu fui azul a minha vida toda, e o quanto isso é horrível ao meu ver. É como se todos os olhos do mundo estivessem voltados para você, te condenando como se você fosse o verme mais inútil de todos. Não há como esconder, pois os boatos atravessam qualquer tipo de parede.
Eu definitivamente sou azul, no meio de 1 milhão de pessoas cinzas. Talvez, o que a sociedade sempre sonhou, tornou-se meu pior pesadelo.
Antes, era apenas uma questão de paciência. Hoje, uma questão de resistência. Quanto a isso, a única frase que pulsa em minha mente: eu não agüento mais.


Ao som de Tomahawk - Red Fox

quinta-feira, 6 de março de 2008

Luciel, o viajante (o início de tudo)

Realidade não é o que se vê, é o que se crê. Nossa realidade é baseada nas coisas que estamos acostumados a ouvir desde que nascemos. As regras da sociedade, os sentimentos, a divindade regente. O conceito de realidade tem de ser sempre tão homogêneo, ou será que trata-se de algo mais frágil do que aparenta ser?

1702, Saint-German. Um lugar como a maioria dos outros: muitos problemas, milhares de habitantes, e a onipresente correria da cidade grande. É lá onde encontramos Luciel, um garoto de uns 20 anos, de aparência pálida e altura mediana.

Luciel sempre viveu em Saint-German, e lá construiu seu mundo. Seus amigos, atividades, estudos, horas de lazer... Até que um simples pensamento fez o chão da cidade rachar. Talvez, tudo que Luciel conhecia fosse apenas uma mentira. Foi quando ele deu conta de si, Saint-German já estava a quilômetros de distancia, e o garoto se encontrou sobre um pequeno pedaço de chão flutuante, chamado Isla de Solitudine. Sozinho, Luciel não tinha o que fazer, a não ser esperar por algo que o ajudasse.

Uma voz ecoa no céu. Eis que surge a imagem de Samael, seu primo, nascido e criado nas terras do Oeste. “Levanta-te, Luciel!”. Este lhe diz que agora vive em Istambul, uma cidade situada em um universo paralelo a este. Num ato de fraternidade, Samael lhe entrega um artefato raríssimo, a Pedra de Istambul, e lhe diz em voz alta: “guarde consigo esta pedra, ela tem um poder único! Uma vez por semana, você poderá usa-la para chegar em Istambul. Porém, o poder da pedra é limitado, e dentro de poucas horas você será trazido de volta para este lugar.”

Após tanto tempo, Luciel havia se acostumado com sua vida em Isla. Mas não havia por que não tentar usar a pedra. A curiosidade falava muito mais alto.

Em um piscar de olhos, Luciel acorda em Istambul... e qual é a graça desse lugar? Não é tão diferente de Saint-German.

Samael reconhece o primo de longe, e com alegria diz: “Venha, mostrar-te-ei dois sujeitos incríveis, tenho certeza que será de seu interesse!”. Assim surgem dois garotos; Kenji, um rapaz de feições atípicas e um semblante que espelha harmonia e simplicidade em pequenos gestos; e o outro, chamado Schneider, um jovem de cabelos dourados e sorriso quase que perpétuo estampado em seu rosto.

Luciel está prestes a conhecer um mundo totalmente novo, e sua vida nunca mais será a mesma.

sábado, 1 de março de 2008

Dilema de Deus

Vou precisar citar uma passagem da Teoria do Equilíbrio:

" Citação:
Ouvi dizer em algum lugar que o sofrimento é necessário ao ser humano.
Alguns tentaram explicar usando as teorias do Karma e Reencarnação, como uma espécie de punição/recompensa ou até mesmo designação de tarefas prevendo resultados evolutivos.

Porém eu acabei por discordar dessa idéia, em sua confecção, pois existe a necessidade de um julgamento para isso. Não é um processo digno de ser mecanicamente Natural, na verdade é necessária a razão de algum ser(deus por exemplo) - o que resultaria numa espécie de tentativa de equilíbrio forçado. Porém como eu disse em um post anterior se eu não me engano, o mais provável é que a função de um de um deus seria Desequilibrar, pois é isso que move o mundo. Chegamos num deus que faz exatamente o contrário de sua função, o que é um absurdo, pois usamos a teoria do equilíbrio na hipótese.
"


Agora, imaginando Matrix. Foi um mundo criado pelas máquinas, feito de programas, tudo exato. A complexidade dele faria ele ser inexato dentro dele mesmo.

Quando o escolhido pergunta ao oráculo qual era a função do arquiteto, ela responde: "equilibrar a equação". E aí, ele pergunta ao próprio oráculo qual seria sua função. E ela responde "Minha função? Desequilibrá-la."

Como eu disse ai em cima, teoricamente é o desequilíbrio gerado pelo oráculo que mantém o mundo ativo. Mas foi o arquiteto que criou a matrix. Aplicando valores, chegamos num dilema:

Deus criou o mundo ou o mundo (em sua necessidade) criou um deus a partir de si mesmo?


Tomando o contexto do Matrix, podemos interpretar que o Oráculo, apesar de poderoso, é um programa ainda assim. Isto é, sua existência é presa à existência do sistema, uma vez que ele tenha sido criado com um propósito, mesmo que seja o propósito mais importante de todos(desequilibrar). Acontece que uma das definições de deus mais primárias é de "criador". Então, o arquiteto então seria deus(lembrando que ele é uma personificação do próprio sistema)? Deus reequilibraria? Mas ora, para o mundo ter começado a funcionar, deus teria de ter desequilibrado então, contrariando seu propósito... Não, ele teria criado aquele que desequilibra...

Refazendo a bíblia, antes, deus disse "Conservai a energia". E ele viu que se continuasse assim, o universo não andava para lugar nenhum, pois toda vez que se restaurava a energia novamente vinha o equilíbrio e estagnava tudo, de maneira que por falta de propósitos de existência o sistema começava a se auto-limpar. Então ele fez um upgrade no sistema e nas versões posteriores adcionou ao mandamento um pedaço, constando agora lá nas leis da física "Conservai a energia e aumentai a entropia".

Que diabos eu quis dizer com isso: existe um agente influenciador externo, como que uma terceira variável, que faz tanto agentes desequilibrantes como resultantes reequilibrantes influírem pequenas margens de erro a mais na hora de agirem. Isso faz com que a balança tenha cada vez mais massa dos 2 lados: comaça com 1kg e nenhum do outro lado. Aí põe 1,1kg do outro lado, e em resposta, ele poe 0,7kg do outro lado, e em resposta ele poe do outro lado 3kg... e assim por diante. Quando for ver, tem 10 toneladas de um lado e 11 do outro.

Vivemos, então, de produzir desequilíbrio na tentativa de reestabelecer o próprio equilíbrio. Logo, quanto ao arquiteto e à oráculo, são fruto da adaptação natural: um não pode ter criado ao outro - Gaia, na sua tentativa de viver e evoluir, adaptou-se. Se existe algum tipo de deus, creio que não seja diretor ou ator principal. Nós somos ele e ele é o mundo: aproveite-o.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A change of seasons

Hoje caiu a minha máscara, a máscara que eu carrego desde que eu comecei sair do círculo familiar para o círculo social, fruto de minhas inseguranças e de minha tentativa desesperada de rapidamente me tornar alguma coisa que eu não era, coisa típica de minha real personalidade, visto que não gosto muito de esperar pela realização de meus objetivos e por isso acabo por pular uma série de etapas, algumas delas necessárias para o crescimento individual do caráter e da personalidade do ser humano, e resultando também num ciclo vicioso que sustentei até agora.
Ao mesmo tempo que me sobrou imaginação para arquitetar histórias mirabolantes e fatos absurdos no intuito de moldar uma imagem sólida de vivência e ser aceito num grupo social, me faltou inteligência para enxergar que isso não ia me fazer atingir tal objetivo, muito menos ia fazer com que as pessoas mais próximas acreditassem nisso, muito pelo contrário, era dado cada vez menos crédito a minha pessoa, o que acabava por interferir de forma negativa no relacionamento do dia-a-dia e contribuir para o desgaste da confiança, que é essencial para todo e qualquer tipo de relacionamento. Confesso que demorei pra muito pra aceitar essa situação e resolver mudar, fui muito comodista ao fantasiar que tudo estava muito bem e que um dia eu ia conseguir ser tudo isso que eu falava que era, mesmo sabendo que não estava tudo bem e que eu não era nem seria isso... foi preciso que meus amigos me mostrassem o quão errado eu estava, e graças a tal fato pude enxergar que estou cercado por pessoas especiais, que se importam não com o que eu faço, e sim com o que eu sou, com a minha essência, e isso é o que importa pra elas, pude constatar que existem pessoas que se preocupam comigo independente do que houver, e isso me fez me sentir muito melhor, me fez ver que não é mais necessário fantasiar nem pintar algo que não sou...me sinto livre, o peso de minha máscara não me incomoda mais, e isso é realmente um alívio para quem vivia com o peso de saber que o que você era, na verdade não passava de palavras ao vento sem nenhum valor concreto... Agora estou começando a me dar mais valor, a ver que sou melhor do que eu dizia que era e que não sou pior do que ninguém por causa disso. Começo a ter algo que eu sempre criticava de ausência nas pessoas, amor próprio, e também a noção de que antes de criticar e apontar para alguém eu tenho que parar e olhar para mim mesmo...
Não serei hipócrita ao ponto de dizer que depois do que aconteceu eu sou uma nova pessoa e que tudo mudou, não, o que posso garantir é que meus olhos estão abertos e minha vontade de caminhar para uma melhora interior foi iniciada, o fogo que antes me queimava, agora vai servir de combustível para acender a minha vontade de consolidar a minha personalidade e vencer meus medos. Sei que será muito difícil me olhar no espelho e ver minha verdadeira face, vai levar um certo tempo para me acostumar com ela, mas de fato é muito melhor do mergulhar num poço sem fundo no qual eu estava entrando, se não tivessem me dado a mão para sair dele acho que ficaria lá por muito mais tempo, e graças a isso sou grato a essas pessoas, que agora tenho certeza de que posso chamar de amigos.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Teoria do Equilibrio

Sempre fiz a mim mesmo uma pergunta que todo mundo devia fazer na vida. Qual é o sentido da vida, em que equação eu jogo 42 para converter para português?

Este post traz uma idéia muito velha minha. Quanta gente diz que o sentido da vida é evoluir até alcançar a perfeição. Não faz sentido se a vida for um ciclo, e não ter fim simplesmente por não ter começo. Imagine, se um dia é alcançada uma perfeição, a vida atinge seu objetivo, e, e aí, fudeu?

Também não faz sentido que o sentido não seja evoluir. Afinal se não fosse, a própria existência da nossa raça racional seria sem sentido. Desde que deus nos deu a capacidade de morrer, procuramos evoluir, pelo menos a algum nível material, para que seja aproveitado o melhor possível o tempo limitado de vida ou prolongado esse tempo. A evolução representa apenas o fato de constantemente transformar algo para melhor em algum aspecto.

A não ser que não exista perfeição. Se não teve começo, então não teve premissa, logo provavelmente não deve ter hipótese, ou objetivo dentro dessa ótica, e portanto não teria fim. O mundo apenas visando se auto-equilibrar enquanto é uma metamorfose ambulante, com o perdão do clichê.

Imagine uma balança. De um lado temos, digamos, o mal, do outro, obviamente, o bem.
O bem evolui um pouco. O mal evolui pra equilibrar de volta, mas o mundo é imperfeito então o mal evolui um pouco mais que o bem. O bem tenta retomar essa diferença e evolui, mas analogamente à situação anterior, passa um pouco do ponto de equilíbrio. E o ping-pong se prolonga infinitamente, visando um equilíbrio que nunca acontece.

É claro que esse é um exemplo mongol, metafórico e simplista, mas é para ser assim, aberto a aplicações e interpretações. É a balança da dualidade. Sempre ela.

Ser perfeito é ruim. É um desequilíbrio. Paradoxal, mas é a imperfeição que faz o mal evoluir um pouquinho mais que o bem, e este dar o troco. É a imperfeição que mantém o mundo funcionando. Por isso, você tem seus defeitos, se não não seria equilibrado. Cuidado com o que desejam para suas vidas senhores, tudo o que é bom demais tem um preço alto.

Isso não quer dizer, é claro, que não se deva correr atrás da evolução. Só deixe cada coisa a seu tempo.

Pode começar a reparar que sempre depois da calmaria vem a tempestade, e logo depois vem a calmaria de novo.

Os dois lados da balança do universo cada vez pesam mais. E deus disse: "Conservai a energia... e aumentai a entropia."

Depois de um tempo usando essa idéia como analogia para várias coisas, descobri que John Nash tinha escrito muitos anos antes a teoria do Equilíbrio de Nash, que contribuiu boçalmente para o estudo da macroeconomia. Ela representa uma situação em que, em um jogo envolvendo dois ou mais jogadores, nenhum jogador tem a ganhar mudando sua estratégia unilateralmente.

A idéia dele surgiu quando estava no bar com os amigos e comentaram sobre a loira excepcionalmente atraente ali presente. Ele provou que a melhor situação era a em que todos escolhiam uma garota diferente, pois se todos escolhessem a loira, no máximo um teria chance. Isso serviu de analogia para explicar a importância da concorrência para a economia.

Diz um ditado que mentes pequenas só discutem pessoas, mentes grandes já discutem situações, mentes geniais já discutem idéias.

Ouvi dizer em algum lugar que o sofrimento é necessário ao ser humano. Alguns tentaram explicar usando as teorias do Karma e Reencarnação, como uma espécie de punição/recompensa ou até mesmo designação de tarefas prevendo resultados evolutivos.

Porém eu acabei por discordar dessa idéia, a princípio, pois existe a necessidade de um julgamento implícito. Não parece um processo mecanicamente Natural, na verdade é necessária a razão de algum ser(deus por exemplo) - o que resultaria numa espécie de tentativa de equilíbrio forçado. Porém o mais provável é que a função de um deus seja Desequilibrar, pois é isso que move o mundo. Chegamos num deus que faz exatamente o contrário de sua função, o que é um absurdo. Mas tudo bem, sob a ideologia apresentada, eles consideram que o julgamento vem de si próprio e todos são deus.

Supondo que a dor do ser humano seja necessária, observei que a dor seria um agente desequilibrante ou resultante reequilibrante global de ações boas. Obviamente você ao fazer coisas boas não sofre com elas. Mas pode ser que mesmo fazendo as melhores ações o sofrimento venha a lhe atingir. Então na verdade ele deve ser o agente, e não o resultante.

O sofrimento vem na maioria das vezes para te deixar mais forte, mais preparado para o que o mundo realmente é. Deve ser uma concepção que muitos de nós temos. Mas há uma pergunta a ser feita: Porquê ele vem?

Como eu disse nos primeiros posts, há o efeito da auto-predestinação: Ninguém escolhe se ferrar literalmente(todos que são postos a escolhas escolhem a que acham melhor para seus propósitos na hora), logo, alguém que sofre de cirrose por causa de bebida naturalmente deve considerar parar de beber, por exemplo (nem que seja na próxima encarnação). Quando se dá valor a algo depois que se perde. É uma adaptação natural que muitas vezes temos que passar. Mas provavelmente essa adaptação é a resultante reequilibrante.

Por esse motivo, cheguei à conclusão de que sofrimento é um efeito natural que nasceu com o ser humano, foi escrito dentro do código que compõe o homem(aliás, as necessidades do homem). Ele é um Agente, e primário ainda por cima.

Pensei como seria se um homem não precisasse mais de sofrimento, e imaginei que fosse evoluir a ponto de não precisar mais de sofrimento.

É algo complicado de explicar, mas mais complicado ainda com certeza é realizar tal fato. O que eu quero dizer é que se todos fossem capazes de, por exemplo, dar valor de verdade àquilo que se tem sem precisar sofrer nada, o equilíbrio teria sido atingido.

Dê valor às coisas, aprenda com o erro dos outros para que não precise passar pelo sofrimento do erro deles, entre outros daqueles conselhos sábios dos antigos. Nada novo até aí, quando eu pensei: e se existisse forma eficiente de dividir a carga de sofrimento em conjunto?

Provavelmente você não deve ter uma vida tão sofrida. Ou talvez um pouco, mas não liga tanto pra isso. A quantidade de pessoas que se suicidam e que falam português não é nem próxima da metade daqueles povos da neve. Parece que as pessoas procuram do que sofrer por quando isso não lhes é concedido. Aliás, as sociedades patriarcais prevaleceram às matriarcais por causa da escassez de alimentos, o que lhes levou a desenvolver tecnologia.

Se você não tem sofrimento toda hora, seus amigos, parentes, no momento que um deles tem, talvez pudesse haver uma maneira de distribuir pequenas quantidades do sofrimento de alguém entre os relacionados sem sofrimento, afim de amenizá-lo.

O problema é que o sofrimento vem para desequilibrar, proporcionando a resultante boa. E se desse para burlar a regra? Amenizar o efeito negativo do sofrimento mas manter a resultante boa. Ou ainda melhor, distribuir também o efeito positivo entre os relacionados. Seria uma espécie de aproveitamento pró-evolutivo.

Existem pessoas que têm sofrimento de sobra. Sim, elas na verdade foram criadas de uma maneira que o sofrimento varia dentro de uma faixa para ter efeito, e acima desta faixa não faz mais efeito, precisam de outros fatores como o tempo para funcionar. Provavelmente já ouviu falar de ninguém que sofre, sofre, sofre de algo, e mesmo depois de várias porradas ainda não aprendeu.

Aí seria uma boa utilização do esquema do aproveitamento. As pessoas ao redor poderiam amenizar o sofrimento de uma maneira que não prejudicasse o aprendizado do sujeito, de maneira que com uma pena mais leve ele poderia viver com mais qualidade durante o tempo que lhe fosse necessário para completar o aprendizado.

Essa idéia de equilíbrio/progresso mútuo se relaciona com a idéia da defesa da concorrência. 

Um bom exemplo de mecanismo que segue esse tipo de padrão são famílias que dão certo. Bons pais sabem dosar quais tipos de sofrimento serão necessários ser vividos para o aprendizado e a fortificação da sua criança, e quais tipos de sofrimento devem ser amenizados pois, digamos, estouram sua faixa em relação ao tempo necessário, como disse antes.

Pode ser também que essa idéia já seja praticada sem querer. Quando um enfermo está entre a vida e a morte, e esse tende a se recuperar melhor quando há pessoas do seu lado dando força, rezando, etc. E se for, como fazemos isso render melhor ou extrapolamos seu uso para outras coisas?

Uma pequena historinha. Henrique conheceu a cocaína e se viciou. Após muito tempo sugando o dinheiro dos seus pais, que lhe tinham pena, estes finalmente tiveram coragem pra lhe negá-lo e enfim, fazer o que era necessário. Depois de muita resistência, e sofrimento, ele foi internado numa clínica, passou muito tempo lá, e melhorou muito seu caráter. Não foi nada fácil vencer o vício. Mas talvez tenha sido uma boa lição pra lhe mostrar o quanto lhe é capaz quando se tem força de vontade. E também o valor que os amigos de verdade têm(poucos continuaram do seu lado).

Era mesmo necessário se viciar em drogas para aprender a ter força de vontade, a dar valor aos amigos? Ele poderia ter aprendido sem passar por isso tudo? Ou será que o acaso lhe incutiu nos genes alguma 'tendência a vício', como que prevendo que esta seria a melhor(ou a única) maneira dele aprender?

Esse lance de inevitabilidade é um pouco assustador, como todos nós podemos acabar tendo um destino trágico. Mas sob essa ótica de aprendizado, não parece tão ruim. Sofrimento nesse caso é tratado como um subconjunto da dor, o que reenforça o valor do aprendizado. Fizeram um robô usando células de cérebro de rato há um tempo atrás, e ele desviava de obstáculos sozinho, pois quando os sensores detectavam proximidade, ofereciam pequenos estímulos elétricos (choques) às células, e ele se fazia desviar do trajeto.

De uma ótica metafísica, eu diria que a aplicação seria que, sempre que dá uma merda, acontece algo bom depois, e sempre que há um período de calmaria ou de bem-bom, vem uma tempestade depois. Períodos históricos inteiros foram postos em ressonância através de gráficos na TimeWave zero, e apesar de ser muita viagem, é no mínimo curioso ver como os paradigmas e ideologias se ilustram nos acontecimentos e como eles se repetem em períodos cada vez mais comprimidos. Mesmo o mercado de ações recebe aplicações semelhantes a esse pensamento de forma um tanto quanto empírica na análise técnica, posteriormente sustentada pela fundamentalista.

E se houvesse meios de prever o futuro ainda melhor?

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

"Alô... Paulo Renato???"

Como prometido, venho por meio desta relatar meu ano novo, porém primeiramente gostaria de desejar a todos um coração partido e um feliz ano novo, parafraseando o Glassjaw, que nessa época de festa é uma das bandas mais lembradas nos msns e orkuts espalhados por ai...enfim, foda-se, isso não vem ao caso...
Esse ano novo foi sem duvida nenhuma o melhor da minha vida inteira, ao contrario dos outros que sempre se resumiam em uma reunião de família com discussões estúpidas sobre futebol, politica, traumas de infância e pensadores babacas do século XIX / XX, nada que me interesse de fato, pelo menos não por enquanto, quem sabe daqui a alguns anos quando eu for um pai de família acostumado com esse tipo de coisa e conformado com o fato de que não sou mais jovem o suficiente para fazer o que fiz ontem...
Ao termino do show de pirotecnia na praia de Icaraí (mais conhecido como faixa de Alcântara durante o fim de ano) eu e Emuzandro nos encontramos com o Oráculo, Isadora, Cabeça e o Symphony of Iluvatar, partimos direto para a morada do Oráculo que graças a ausência de seus progenitores resolveu sediar uma festa regada a muito Jazz, vodka, coca-cola, cerveja e cigarro, ou seja, com tudo do bom e do melhor, o prélurdio da merda. A partir dai eu me recuso a descrever a noite, pelo simples de fato de que tudo que eu escrever aqui não vai chegar nem aos pés do que realmente foi pra cada um dos que estavam la presentes... cada momento, cada piada, cada brincadeira, tudo isso é indescritível e inesquecível, foi uma noite sem igual realmente, algo que vou guardar pra minha vida inteira
Para finalizar, gostaria de agradecer de coração a todos os presentes nesse momento singular de minha vida e dizer que cada um de vocês foi peça chave para que o meu ano de 2007 fosse tão marcante quanto foi. Eu realmente espero que possamos nos reunir dessa maneira mais vezes e que nossa amizade perdure os anos que virão
Um abraço a todos! E pra fechar com chave de ouro:
"Alô... PAULO RENATO?!!"
- Ao som de: U2 - New Year`s Day / Incubus - Nice to Know You / Playlist infinita do meu iPod -
PS: Me perdoem a falta de acentos, não me acostumei com o teclado do pc novo...
PS2: Que venha Búzios!!!!!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Destino...

Vocês provavelmente não sabem, mas esse que vos digita é um cético do caralho, só não sou ateu porque não acredito que uma coisa tão bem construída como o universo tenha surgido do nada, sem explicação, tem de haver alguma força ou entidade por trás disso tudo, enfim, cético que sou nunca acreditei em destino, ou qualquer teoria relacionada a isso, sempre achei besteira a idéia de que “alguém” escolhe os passos da sua vida antes mesmo de você nascer, imagine como seria ridículo e sem graça você não poder construir ou trilhar seu próprio caminho, tocar a sua própria sinfonia, tomar suas próprias decisões, como se fossemos uma marionete ou um robô pré-programado para realizar tarefas específicas... Foi nesse ponto que eu fui contra na teoria dos outros integrantes desse blog (vide primeiro post do Ankhalimah) Mas agora eu começo a entender melhor o que eles tentaram me dizer... Apesar de não deixar de acreditar que temos o livre arbítrio para fazer o que desejarmos em nossa vida sem que isso afete negativamente nosso futuro, de fato existem coisas que são predestinadas a nós, elas simplesmente acontecem, sem explicações, cabe a você aproveitá-las ou não, a única coisa que se pode fazer é fugir de seu destino e isso vai da sua escolha, mas será que vale a pena fugir? Por tanto meus amigos, não deixem de aproveitar as chances que lhes são dadas, nada acontece por acaso mais de uma vez e se acontecer é porque “alguém” está tentando te dizer alguma coisa.
Às vezes eu me pergunto se estou fugindo do meu... Já tive 3 encontros COMPLETAMENTE inusitados (no ultimo até meu amigo ficou surpreso) com uma certa pessoa que tem tirado meu sono ultimamente, e justamente quando eu tomo a decisão de “finalizar”, algo sempre acontece que me impede de fazê-lo e logo em seguida encontro com essa pessoa do nada... Acho que “alguém” ta querendo me dizer pra insistir e lutar pelo o que eu quero e logo... Só espero que esse “alguém” não esteja querendo me ferrar xD

-Ao som de: Led Zeppelin – Since I’ve Been Loving You / Going to California - (não escuto Led já faz um bom tempo, mas algo me fez querer voltar a ouvir...)

sábado, 24 de novembro de 2007

Here comes a new challenger! And a challenge...

Boa noite a todos, primeiramente gostaria de me apresentar, meu pseudônimo nesse blog será “Lord of Metsu” (metsu vem do kanji 滅 que significa destruição), confesso que não sei mais o que postarei de fato nesse blog, no inicio planejei postar apenas coisas engraçadas e sem sentido com o intuito de destoar um pouco do assunto já abordado aqui e dar um clima mais descontraído ao local, porém a minha vida não se resume somente a isso, pelo menos até onde eu sei... depois de muito pensar, cheguei a conclusão de que devo simplesmente seguir o intuito original de um blog, que é transcrever o que você está passando ou sentindo no momento, sem regras, sem planejamento...resumindo, ta na hora de começar = )
É amanhã... Amanhã será o dia do teste que vai definir parte da minha vida, algo que vem me atormentando a alguns meses e tem tirado meu sono constantemente (como se isso fosse difícil...), cada vez que chega mais perto da hora, mais nervoso eu fico, entretanto é um nervosismo diferente, ao mesmo tempo que se eu tivesse a chance adiaria esse teste para que o realizasse com mais preparo, sinto que quero passar logo por isso e encarar as conseqüências dele, sejam elas boas ou ruins, de qualquer maneira, tenho certeza que elas serão boas para mim e servirão de base pra uma provável mudança que vai ocorrer em minha vida... é claro que meu desejo é que essa mudança ocorra apoiada num resultado positivo de meu teste, mas já estou preparado para o pior, sei que se não conseguir terei outras oportunidades e a chance de conseguir meu objetivo de uma outra maneira, porém não vou desistir do que eu quero, e o que eu quero vai estar na minha frente amanhã =)
Enfim, É amanhã... Me desejem sorte ;)
Ao som de: Mudvayne – Determined / Playlist infinita do meu iPod...
PS: Vocês realmente acham que eu estava falando do vestibular da UFRJ?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O Início

O destino está mais escrito que parece.
É sobre uma conversa que eu, Don Juan Aux Enfers, Lord of Metsu(encachaçado) e uma senhorita tivemos algum dia desses, me foge a data. Oceano's Bar. Foi produtivo, e resolvi sintetizar algumas idéias.

Esse assunto sobre destino, determinismo, coisas do gênero, surgiu da pequena observação empírica de que a pessoa escolhe sempre a melhor opção que pode em qualquer circunstância em que lhe é posta a escolha. Isto significa que a escolha dependeu apenas do acaso e da capacidade de análise e abstração da pessoa. A escolha não existe no conceito popular da palavra – as outras alternativas já haviam sido descartadas, quando elas vieram naquelas circunstâncias. Pois como a alternativa que seria escolhida seria a melhor, e dentro do mesmo contexto, ela sempre seria a melhor desta maneira. É claro que se deve levar em conta que cada pessoa tem prioridades de escolha diferentes. Mas ninguém escolheria algo pior quando se pode escolher algo melhor, ninguém escolhe se ferrar. A não ser que se ferrar seja o melhor, e novamente estamos no mesmo caminho.

Tomamos, para facilitar, um exemplo do dia-a-dia(o mesmo do qual falamos lá no dia): Suponha que um sujeito vá a um bar. O infeliz deverá voltar para casa dirigindo, portanto corre riscos se beber em excesso. E uma das “escolhas” que ele deve enfrentar no evento seria por exemplo o quê exatamente ele vai ou não beber no bar. Exemplos:


  1. Suco de Uva “Ma+s”


  2. Coca-cola


  3. Cerveja


  4. Cachaça
1. Suponha que ele tenha escolhido beber suco. Vai ver o cara é um natureba. Comparando com as outras alternativas, o suco é a mais saudável. É a melhor escolha considerando apenas “Saúde”. Pode ser que o sujeito não possa tomar nada além disso por doença, dieta, celulite. Então essa nesse caso seria a melhor escolha.
2. Coca-cola. Ele pode não gostar de suco. Se for jovem, natural é que ele não se preocupe com danos causados por refrigerante à saúde, afinal a vida é longa. Ou suco parece muito careta para ele, ou para os amigos na verdade, e há a pressão social. Essa escolha leva em conta aspectos diferentes da outra, como 'sabor', 'socialização', leva menos em conta o aspecto saúde. E nesse caso seria a melhor escolha.
3. Bem, o palhaço tem que dirigir, mas escolhe beber assim mesmo. Às vezes é uma latinha só, ou sei lá. Se está todo mundo bebendo cerveja, ou é simplesmente uma choppada, ficar de fora pode ser ruim. Pressão social novamente, ou quem sabe sabor da bebida.
4. Enfiar o pé na jaca(pode ser com cerveja mesmo). Eita, ele não devia dirigir? Que se dane saúde, responsabilidade e segurança, os quesitos “Diversão”, “Tirar onda”, “Fazer merda”, “Ficabebãoébão” vêm antes na escala de prioridades. Considerando esses quesitos apenas, realmente eles são uma escolha melhor que o suquinho, certo? Ou se o cara é um alcoólatra, ele escolhe alimentar seu vício em detrimento de fazer o que é certo. É o que ele acha ser a melhor escolha nesse caso.

Isso serve para exemplificar de uma maneira relativamente genérica o que eu quero dizer: a formulação da "escolha" não é nada além de processamento das sensações e comparação com dados armazenados na mente no momento da escolha. As sensações são a impressão que geramos da situação, tanto em termos de sentidos quanto de sentimentos.

É como disse o Merovíngio em Matrix – Escolhas? Você já as fez. Você está aqui para entender porquê as fez. 

Todos os seres optam sempre pelo que acham ser o melhor sob as circunstâncias da situação apresentada. Óbvio, ninguém vira e diz “Rá, vou me Ferrar só de sacanagem”. Se te dão a possibilidade de escolher entre uma nota de 100 reais e uma maleta com 10 milhões, sem quaisquer condições influentes, é claro que você vai na maleta.

Para "realizar" as escolhas, cada ser possui um paradigma mental para operar o que eu chamaria de um quadro de prioridades, que é formado pelas suas experiências e influenciado pela genética e pelos sentimentos(ou aquelas substâncias químicas que afetam nosso rendimento, se você preferir).

Existe grande importância da criação do sujeito nisso, é claro. Sob esse aspecto os pais são vetores responsáveis pelas ações que influenciam direta e indiretamente o quadro de prioridades do sujeito. Inúmeras são as situações onde os pais são obrigados a escolher entre punir e dar mais uma chance, “deixar mais um pouco o futebolzinho” como solicitado ou mandar “logo pro banho, porra” etc. Na verdade as primeiras experiências de aprendizado costumam ser desencadeada pelos pais.

Dizer que existe destino soa exagero, mas é inevitável. No fim até o escolhido acabou concordando com isso.

Então que porra é essa, estamos sendo testados? Pra ver se se estamos fazendo bom uso do dom que nos foi dado?

Uma observação é que, sob essa ótica, aparentemente estaríamos sendo guiados pelo meio e não teríamos liberdade. O que pode nos fazer pensar que não existe também a noção de responsabilidade e culpa, pois fato é que costumamos associar a liberdade à responsabilidade pelas nossas escolhas, o fato de poder arcar com elas, coisa e tal.

Isso se soluciona vendo a liberdade como algo mais estático, de caráter mais classificatório do que conectivo (dentre eventos). O grau de liberdade de um agente seria proporcional apenas ao grau de restrição da escolha, em determinado evento. Ter mais ou menos liberdade significa que as escolhas têm menos ou mais restrições apenas, o que garante o caráter natural da culpa e a noção básica de responsabilidade, eu creio, mesmo considerando a inevitabilidade das situações e o fato de que somos a soma de tudo que já nos aconteceu.